Durante evento, ativistas pró-vida denunciam abortos de mais de 6 meses
- 11/09/2024
Durante a Primeira Convenção Nacional Pró-Vida, realizada nos dias 4 e 5 de setembro no Congresso colombiano, ativistas e líderes pró-vida denunciaram a prática de abortos em bebês com mais de seis meses de gestação no país. O evento reuniu diversas organizações pró-vida, líderes religiosos e políticos conservadores, que aproveitaram a ocasião para debater o avanço do aborto na Colômbia e discutir formas de defender a vida desde a concepção.
O senador Luis Miguel López Aristizábal, um dos organizadores da convenção, fez um alerta sobre a situação alarmante no país, destacando que abortos estão sendo realizados em fetos com mais de 24 semanas de gestação, apesar das restrições estabelecidas pela lei. “A Corte, por meio de sanções, quer implementar o aborto em toda a Colômbia, em entidades territoriais, em hospitais. Estamos presenciando algo que vai além da legalidade estabelecida”, denunciou o senador, mostrando preocupação com a implementação da decisão judicial.
Legalização do aborto na Colômbia
Em 2022, o Supremo Tribunal da Colômbia legalizou o aborto até a 24ª semana de gravidez, sem a necessidade de a mulher apresentar justificativas, como em casos de risco à vida ou saúde da gestante, estupro ou malformações fetais graves. Após a 24ª semana, o aborto permanece com restrições, sendo permitido apenas em situações específicas.
A decisão gerou grande polêmica no país, onde a maioria da população se identifica como católica e historicamente se posiciona contra a prática do aborto. Apesar da legalização, o tema continua a dividir a sociedade, e muitos criticam a Suprema Corte por facilitar o acesso à interrupção da gravidez.
Manifesto em defesa da vida
Como parte das ações da Primeira Convenção Nacional Pró-Vida, os participantes do evento assinaram um manifesto em defesa da vida, rejeitando o que chamam de “cultura da morte”, que inclui o aborto, a eutanásia e a destruição da família tradicional. No documento, as organizações e lideranças presentes reafirmaram seu compromisso com a proteção da vida desde a concepção até a morte natural.
“Nós acreditamos que toda vida é sagrada e deve ser protegida desde o momento da concepção. Rejeitamos a cultura da morte que promove o aborto e a eutanásia. Queremos que a Colômbia seja um país que valorize a dignidade de cada pessoa, independentemente da idade, condição ou circunstâncias”, afirmou o manifesto.
Mobilização pró-vida no Congresso
O evento foi marcado por discussões sobre as estratégias legislativas para combater a legalização do aborto e promover uma cultura pró-vida na Colômbia. O senador Miguel López enfatizou a importância do evento, afirmando que, pela primeira vez, uma bandeira pró-vida foi hasteada na fachada do Capitólio Nacional do Congresso da República.
Além das palestras e discussões, os participantes organizaram mesas de trabalho para traçar planos de ação concretos que possam influenciar o debate político e legal no país, focando em propostas que protejam a vida e a família.
“Hoje, a Colômbia Pró-Vida fez história com a realização da Primeira Convenção Nacional Pró-Vida. Discutimos questões legislativas fundamentais para a defesa da vida e ouvimos membros da bancada pró-vida do Congresso. Estamos mais unidos do que nunca para lutar por aquilo que acreditamos ser fundamental para o futuro da nossa nação”, destacou o senador López.
A luta pela vida continua
A convenção também serviu como um ponto de encontro para fortalecer os laços entre as diferentes organizações pró-vida do país, que se comprometeram a continuar lutando contra a expansão das leis pró-aborto e a promover uma mudança de mentalidade na sociedade colombiana.
A batalha entre os defensores do direito ao aborto e os grupos pró-vida na Colômbia está longe de terminar, e eventos como a Primeira Convenção Nacional Pró-Vida mostram que o debate sobre esse tema sensível continuará a mobilizar as principais lideranças políticas e religiosas do país.
Segundo o Evangélico Digital, a expectativa agora é que as propostas debatidas no evento ganhem força no Congresso colombiano, onde os conservadores esperam aprovar novas medidas que possam limitar ainda mais o acesso ao aborto e proteger a vida desde a concepção.
Com informações da Publicação: "Durante evento, ativistas pró-vida denunciam abortos de mais de 6 meses" disponível em NT Gospel.
